Desenvolvendo conteúdos hoje me peguei pensando se de fato as pessoas ensinam o que aprendem…. E mais se praticamos o que ensinamos! Há alguns anos tenho a preocupação com a transmissão do conhecimento. Percebo que esta prática deixou de ser exclusiva das escolas e das universidades.
Dentro das organizações o conceito tem sido cada vez mais difundido, seja através de programas de capacitação formal, seja através da criação de um clima organizacional que permita um ambiente de constante aprendizado.
Segundo Peter Senge, “a verdadeira aprendizagem está intimamente relacionada com o que significa ser humano“, ou seja, aprender é algo intrínseco à natureza humana. O desafio está em tornar o “ensinar” também um hábito.
Caminhando nessa direção, muitas organizações têm investido na capacitação de multiplicadores, sejam eles colaboradores que atuam exclusivamente com esse papel, o de multiplicador interno, sejam eles colaboradores de diversas áreas que possuem dentre as suas atribuições propagar o conhecimento.
Ambas as situações são desafiadoras.
No caso das pessoas que exercem a função de multiplicador interno e têm como principal responsabilidade treinar outros, os desafios estão relacionados à preparação para capacitar colaboradores de diversos níveis e áreas distintas. O multiplicador precisa possuir uma visão sistêmica do negócio e muita clareza do seu papel, para não entrar em situações delicadas onde a sua falta de experiência no tema coloque em check sua capacidade de treinar outras pessoas.
Do outro lado, existem os colaboradores cuja parte de sua atribuição está em multiplicar conhecimento. Eles exercem funções diversas como analista de produto, gerente administrativo financeiro, dentre outras e precisam, por vezes, “entrar em sala” para ensinar aquilo ou parte daquilo que fazem ou são especialistas. O desafio aqui está em adequar a linguagem, quase sempre técnica, ao público, conectar a informação ao nível de maturidade da audiência e, muitas vezes, encontrar tempo para cumprir com essa obrigação de forma planejada.
Se por um lado, temos especialistas em educação e treinamento aos quais falta conhecimento técnico de áreas e processos organizacionais, por outro lado temos especialistas no negócio cujo desafio está relacionado ao método de ensino aprendizagem. É preciso treinar treinadores para o exercício pleno dessa atividade que permite o desenvolvimento não só das pessoas, mas da organização.
Reforçar a importância desse papel é crucial para que toda a engrenagem movimente-se. Afinal mais do que ensinar, ajudar a aprender é desenvolver a organização, expandir a capacidade de criar resultados, é estimular padrões de comportamento novos e abrangentes, é dar liberdade à aspiração coletiva e é permitir o exercício do “aprender junto”.
O processo de treinar pessoas, QUE É a minha VERDADEIRA PAIXÃO permite o desenvolvimento constante daqueles que multiplicam o conhecimento. O pressuposto para a coerência nesse processo é permitir-se aprender para ensinar e como dizia Cora Coralina:“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
POR ISTO AGRADEÇO a cada cliente que tem acreditado no processo do ensina, ensinar e ensinar…
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